Faxina Emocional

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Sabe aqueles filtros de barro que dão uma água pura, com leve gosto de terra e que é bom demais tomar? A água é deliciosa porque purificou-se. Dentro do filtro existe uma vela que retém os resíduos, que podem sujar e turvar o líquido. Assim se pode provar o real sabor da água.

Agora imagine que, depois de 12 meses, sua capacidade de filtrar suas emoções esteja exaurida. E que sua vela metafórica esteja suja, imunda mesmo, e precisando de uma troca. Durante todo o ano, você passou por cima dos seus sentimentos, encolheu-se no corpo diante das ameaças cotidianas, encharcou-se de emoções negativas de que nem mesmo tem consciência, engoliu raiva, maquinou respostas ferinas ou colocou inúmeras frustrações debaixo do tapete. Mas que agora, nas férias, tem uns poucos dias disponíveis para fazer um balanço geral e colocar a casa em ordem. O que será, então, que seu coração mais deseja e pede nesse momento? Faxina, limpeza geral, vassouras varrendo cantinhos obscuros, esfregões tirando sujeiras do chão. Tudo para jogar fora tristezas e mágoas e trazer mais consciência sobre nossas questões mais profundas. Só dessa maneira é possível revigorar-se e preparar o terreno para o que pode vir de novo e bom. Essa é a grande oportunidade que temos todos os anos para nos livrarmos do peso, esse enorme peso que arrastamos durante os últimos meses e que nos deixava exaustos. E o primeiro passo para se desfazer dessa bigorna emocional é reconhecer que ela existe.

Eu e a dona Benedita

Dia desses descobri que fui enganada. No auge do estresse de fim de ano, trabalhando o triplo do que normalmente faço, fico sabendo que alguém em quem confiava, meu contador, estava me roubando descaradamente. Chato, muito chato. Como não podia tomar medidas contra isso, porque ainda não tenho como provar seu deslize, minha mente simplesmente empacou nessa história. E esse tornou-se um tema recorrente e obsessivo em meus pensamentos pré-natalinos. Eram ondas de “bem que eu estava desconfiando” (que é o mantra típico dos traídos…) com flashes de cenas em que ele se mostrava solícito, simpático, enquanto eu caía em sua conversa. Ser um encanto de pessoa é uma das especialidades dos “171″, os estelionatários, isto é, dos que passam golpes enganando a boa-fé das pessoas na praça (171 é o número do artigo do Código Penal que configura o crime de estelionato). E eu estava inconformada em me tornar o pato da vez e receber o carimbo de trouxa.

O psicanalista Carl Gustav Jung afirmava que a mente, quando não consegue solucionar um problema, volta sempre a ele, como um disco quebrado. E que, quando ficamos andando pela em casa em círculos preocupados com uma situação, estamos apenas repetindo fisicamente o que acontece em nossa psique. Pois eu estava bem assim, completamente circular. E os infernos são circulares.

Nesse processo de avaliação interna, enxerguei meu descaso com certos aspectos materiais da vida, minha ingenuidade infantil (que é bem diferente da inocência, porque revela apenas imaturidade), meu desejo eterno que alguém cuide de mim sem que eu precise estar atenta e alerta. Enfim, procurei compreender até que ponto tinha colaborado com essa situação. Vi coisas bem difíceis de engolir, podem acreditar.

O engraçado é que, depois de estar um certo período nesse processo de mergulho interno que me enegrecia o espírito, inexplicavelmente me vi ser tomada por um furor “faxinesco” único. De repente, baixou em mim uma dona Benedita com lenço na cabeça e vassoura na mão. Fui atrás de cantos sujos da casa para limpá-los, desinfetei lugares que nunca imaginei com um rigor espartano (como o maleiro e os armários da garagem, por exemplo). Organizei roupas, joguei fora ou doei o que não mais servia, queimei papéis antigos. Passei água com óleo essencial de lavanda no chão, depois de esfregá-lo com o mais colorido coquetel de produtos de limpeza que já vi. Enquanto fazia isso, o coração abrandou-se. Lavava também minhas culpas, emoções destrutivas e temores.

Purificação

No processo alquímico, que o psicanalista suíço Carl Gustav Jung considerava uma grande metáfora dos processos psíquicos internos, a primeira fase de transformação é chamada de nigredo. Nela se trava contato com que é pesado, sombrio, sujo. É uma verdadeira descida aos infernos, e ela está associada ao chumbo, a Saturno, ao que é angustiante e difícil. A segunda fase é conhecida como albedo e está associada ao que é alvo, límpido, aquático e lunar. É a época da lavagem dessas águas escuras levantadas pela nigredo, um período de intensa purificação. Quando atravessavam essa fase, os alquimistas se referiam a si mesmos como “lavadeiras”. Para os analistas junguianos, esse é um período mais leve e prazeroso, em que o analisado é capaz de perdoar, dissolver mágoas, cicatrizar feridas.

Pois ali estava eu em plena albedo, rodopiando feliz pela sala com um paninho de limpeza. Já começava a pensar mais concretamente nas providências a tomar com relação ao tal contador, no que esse episódio mudaria minha vida para sempre e como poderia ultrapassar as prováveis consequências com a cabeça bem mais fria. Às vezes o peso voltava, porque se entra e sai da nigredo para a albedo muitas vezes até se ingressar totalmente na fase da purificação. Mas, se os alquimistas e Jung estivessem certos, alguma coisa nova poderia nascer dali. “A alquimia representa a projeção em laboratório de um drama ao mesmo tempo cósmico e psicológico”, dizia Jung. Pois minha casa tinha se transformado em um laboratório. Ao mesmo tempo que limpava pratos, tapetes e janelas, procurava me visualizar lavando as dores da minha alma. Repetia o mesmo processo que um alquimista fazia em seus tubos e retortas: dissolver, destilar, purificar.

Tempo de conversas

Todo esse processo de acúmulo de dor e sofrimento e posterior anseio de limpeza também acontece durante o fim e início do ano. Por 12 meses acumulamos questões não resolvidas, sentimentos não processados, frustações e insatisfações, pensamentos repetitivos (crenças) que levamos pela vida sem perceber. Ao enfrentá-los e elaborá-los melhor, abrimos a possibilidade de uma purificação, de uma leveza maior diante de um novo ciclo. “É preciso certo tempo de elaboração interna para isso, um diálogo interior em que pesamos e avaliamos a situação segundo nossas referências familiares, culturais ou espirituais”, diz a psicanalista lacaniana paulista Andrea Naccache. Ela aconselha que esse diálogo também se exteriorize, seja na conversa com um amigo ou familiar mais sábio, seja com um terapeuta, um instrutor espiritual ou mesmo com a sabedoria de um livro (eu adoro o I Ching, mas há quem encontre esse conhecimento na Bíblia, nos Salmos ou nos Evangelhos, por exemplo).

Esse tempo de balanço e conversas pode ser mais rápido ou mais longo, pode se repetir mais vezes ou não, conforme o caso. Pode até se transformar num tratamento a médio prazo. “Uma pessoa pode interromper uma análise porque acha que dá conta de resolver o problema sozinha. Mas quando volta, cinco ou dez anos depois, é impressionante ver como ela recomeça o tratamento exatamente com a questão que a incomodava na última sessão que fez”, afirma Andrea, que tem estudos a respeito. Isto é, algumas vezes é realmente preciso se estender posteriormente um pouco mais nesse mergulho interno por meio de um processo terapêutico mais longo. Mesmo assim, esse tempo de fim e início de ano serve para uma avaliação geral, inclusive para considerarmos se não é tempo de reconhecer que precisamos de uma terapia ou da ajuda de um grupo de apoio. É um período para identificar um pouco mais qual é o peso que nos incomoda, o que nos oprime o peito, ter mais claros nossos medos, culpas e ansiedades, mesmo que eles pareçam ser os mais absurdos. E esse tempo de introspecção, de balanço e de conversas precisa ser construído. Em outras palavras, é necessário sentir que esses instantes são muito preciosos na abertura do próximo ciclo, justamente a fim de que se abra espaço para eles nesse hiato pré-férias, ou mesmo durante elas.

Tomar medidas práticas com esse balanço também traz muito alívio, como se um enorme peso fosse retirado do coração. “Isso se chama dar consequências às nossas ações, na expressão do psicanalista Jorge Forbes. Isto é, não ficarmos só na reflexão, mas darmos um passo adiante e partirmos para o planejamento e a rea­lização”. Com isso, surge um novo entusiasmo, uma força e um vigor que antes pareciam inexistentes. Andrea lembra o depoimento do estilista Jum Nakao ao livro Criatividade Brasileira (editora Manole), elaborado por ela, onde a analista lacaniana entrevista várias pessoas ligadas à área de criação. “Quando perguntamos ao Jum quais eram seus sonhos, ele disse que não tinha nenhum, pois todos eles já estavam em processo de execução.” É o melhor que poderia nos acontecer neste início de ano: ter várias ações para trazer transformar em rea­lidade o que almejamos. Isto é, nossa listinha não seria mais de desejos, mas de ações concretas para realizá-los. Se possível com tempo previsto, um calendário, uma cronologia.

E essa simples medida tem uma razão de ser: somos muito velozes para pensar, mas muito lentos para agir. Andrea colheu uma frase emblemática no Twitter sobre isso. Ela é do artista gráfico japonês John Maeda, e diz: “Balancear a velocidade da sua mente com a inércia do seu corpo no mundo real é o que faz estar presente tão difícil e necessário”. Por isso, quando decidir fazer esse balanço, fique bem presente no corpo, com os pés no chão, inteiramente vivo. Se puder, coma bem (aí vale o suco de pepino e todo o arsenal de alimentos que as revistas especializadas trazem para se desintoxicar), exercícios de alongamento e grounding, banhos com sal grosso ou ervas (por que não?) e respirações de limpeza, como os paranyamas hindus. Qualquer coisa que faça com a mente, faça também com o corpo. Assim as ações ficam mais fáceis de realizar. Quando você fez suas decisões e planejou com a cabeça, ele não estava ausente.

O que diz um rabino

As tradições espirituais também falam de processo de purificação. Budistas e hinduístas apostam na meditação e em práticas que limpem os quatro corpos (físico, emocional, mental e espiritual). Os católicos têm um sacramento especial dedicado a isso: a confissão. E numa corrente mística do judaísmo, a Cabala, podemos encontrar também muitos ensinamentos interessantes.

Para os cabalistas, durante a vida acumulamos ao nosso redor cascas energéticas chamadas de klipoth. Elas nos impedem de receber plenamente a luz divina e nos estimulam a padrões repetitivos, angústias, pessimismo, comportamentos obsessivos e compulsivos. E o que se faz para dissolvê-las? Emprega-se a mente (que, segundo a Cabala, une as consciências do corpo físico, energético, emocional e espiritual) com a ajuda de um elemento surpreendente: a água. “Para nós, ela contém em si mesma a energia da compaixão. Ela não só limpa fisicamente como purifica, alivia e traz um bálsamo para a alma, pois é uma condutora de amor”, diz o rabino cabalista Joseph Saltoun, que visita regularmente o Brasil para dar cursos e palestras. “A água tem a potencialidade de dissolver o julgamento, a rigidez, o rigor, a acusação”, afirma. E o rabino faz questão de explicar a diferença entre o que é ser purificado e o que é ser limpo. “Um lugar pode estar inteiramente limpo, mas ser impuro, não sagrado. Quando a água é empregada com a intenção mental de tornar um local ou uma pessoa puros, ela não só limpa como também purifica. Limpar e purificar são duas coisas diferentes.”

De acordo com a tradição cabalista, o banho de mar dissolve os klipoth, assim como as cachoeiras e os rios transparentes. “Quando se quer consagrar algum tempo para o processo de purificação interna, é bom escolher lugares onde há água limpa em abundância, para tomar banhos com a intenção de se purificar”, diz ele. É preciso ingerir a água com a intenção de que ela purifique o corpo – até podemos imaginá-la em forma de luz e projetar esse pensamento num copo diante da nossa testa antes de bebê-la. “Mas, depois dessa desintoxicação física e energética, a pureza deve ser mantida com o pensamento e meditações”, acrescenta.

Pelo menos segundo essa tradição, minha ideia de associar a água à limpeza e purificação emocional parece que não estava tão errada.

Pureza perdida

Outra maneira de recuperar a inocência e a leveza é entrar em contato com a criança interior. O terapeuta paulista Marcos Adriano, por exemplo, inscreveu-se num curso de artesanato, pois lidar com tesoura, papel, tintas e criatividade era um de seus prazeres quando menino. “Entro num estado de pureza, numa total ausência de julgamentos, culpas, sofrimento. É uma delícia”, admite ele. “Enfrento trânsito, desmarco consultas, mas não perco. Ele me deixa leve, pronto e criativo para atender meus pacientes.” Jung, por exemplo, construía cidades com bloquinhos de madeira, uma das suas brincadeiras preferidas na infância, enquanto elaborava suas intrincadas teorias. Brincar e purificar, para ele e para Marcos Adriano, são atividades que andam juntas.
Em seu trabalho como terapeuta ou como coordenador do Curso em Milagres no Brasil, ele retrata bem o ser de coração puro que integrou sua sombra, seu lado difícil, e liberou energia para dedicá-la ao outro. “Purificar é um trabalho constante, porque nos leva à consciência. E consciência é luz espiritual, divina”, diz Marcos. “E esse estado se consegue ao trazer sua criança interior à tona, ao sentir de novo o belo, o bom e o verdadeiro. Nessa condição de abertura e de não julgamento é mais fácil acolher o outro”, conclui. Marcos aconselha marcar na agenda de 2013 esses momentos para estar consigo mesmo, torná-los uma rotina diária ou semanal. Porém, se você não conseguir realizar seu detox físico-emocional-espiritual no começo do ano, não se preocupe. Marque outra data para fazer isso na agenda com um círculo vermelho, para não se esquecer. Você só terá a ganhar com isso.

Texto da Revista Vida Simples

Sushi e Sashimi, a dupla dinâmica


POR STELLA GALVÃO – no site http://revistavivasaude.uol.com.br/

Escolha bem nutritiva 
Além de saborosa, a dupla que abusa dos peixes é rica em proteína da melhor qualidade e ômega 3, substância protetora das artérias. O sushi é carboidrato puro e há ainda a alga que embrulha esse bolinho de arroz. Uma única folha contém 8 mg de cálcio. Cuidado, somente, com o excesso de shoyo, o molho de soja que é o acompanhante natural do prato. Uma colher de sopa contém 855 mg de sódio, um autêntico concentrado salino.

CURIOSIDADE
Por trás dessa refeição leve e de fácil digestão, reina o sushiman, verdadeiro artesão do sushi e sashimi e dono de mãos experientes… e não muito quentes — eles molham as mãos enquanto enrolam os sushis. Reza a lenda que são raríssimas as mulheres nesses restaurantes, porque donas de um ritmo sangüíneo mais, digamos, nervoso, elas poderiam comprometer o equilíbrio de tal alquimia.

QUASE ABAIXO DE ZERO!
Nos restaurantes, os peixes devem ser mantidos resfriados a 3o C. Os mais usados para o corte das delicadas fatias do sashimi são, pela ordem, atum, salmão, robalo, olho de boi, serra e carapau.

Tem que turbinar
Em matéria de legumes, o acompanhamento geralmente se resume a nabo e cenoura fatiados e gengibre em conserva. O nutrólogo João César Castro Soares (SP) afirma que este é o único pecado da dupla. “Sushi e sashimi têm a vantagem de apresentar baixas calorias e não exigir fritura no preparo, mas, para uma refeição completa, é preciso acrescentar salada crua e verduras”, sugere o médico.

uma forma mais ZEN de enfrentar o trabalho

Texto original: http://zenhabits.net/zen-work/
No trabalho, muitas vezes enfrentamos situações estressantes, projetos terríveis, colegas irritantes, chefes frustrantes, um número enorme de tarefas e mensagens, trabalho entediante, etc .

O trabalho em si não é estressante – é apenas uma ação que é tomada ou que precisa ser tomada. É a nossa reação ao trabalho que faz com que o estresse aconteça, ou seja, a nossa mente deseja que as coisas sejam diferentes.

Não é o fluxo constante de interrupções que é frustrante – eles são apenas eventos que acontecem ao nosso redor, como uma folha que cai ou um pássaro voando. É a nossa exploração em, em nossas mentes, para a tarefa que estávamos fazendo que nos interrompe.

Nossos colegas de trabalho e chefes não são o problema: eles são apenas outros seres humanos tentando fazer o melhor que puder neste mundo. É a nossa ideia que  eles devem de alguma forma se comportar de uma certa maneira, que eles devem fazer o seu melhor para nos fazer felizes, que nos causa raiva e irritação.

Não é que nós temos um número esmagador de tarefas e mensagens que nos deixa triste – é a nossa reação a esse número. É apenas uma lista de coisas, ou um telefone tocando, ou uma caixa de entrada com uma lista de mensagens.

Essas coisas são inofensivos. Mas quando nos apegamos à idéia de que podemos fazer tudo, e que temos de lidar com tudo isso de uma só vez, nós nos tornamos estressados, porque, obviamente, nós não podemos.
Nós só podemos fazer uma coisa, porém nossas mentes estão em todos elas.

Então, qual é a solução? 

Quando você deixar as idéias de como as coisas deveriam ser, como as outras pessoas devem se comportar para te fazer feliz, como você pode fazer tudo de uma vez … então os problemas vão embora. Eles simplesmente não existem.

Existem outros problemas, é claro – você ainda precisa fazer o trabalho.Mas as frustrações, estresse, raiva, irritação, sentimentos de opressão .

Deixe a pressa de lado para errar menos

A pressa é inimiga da perfeição. Aprenda a fazer as coisas com calma e atenção para errar menos

Conteúdo do site
Vida Simples

A velocidade é o novo padrão de comportamento adotado por quem deseja ter sucesso, ser aceito pela sociedade. Mas nada melhor do que um pouco de lucidez para não ser simplesmente sugada pelo sistema. Que tal entender bem o que se passa antes de entrar nesse jogo e simplesmente ser consumido, sem mesmo se dar conta de que podemos agir no mundo de maneira diferente?

Focos de resistência

Alguém muito lúcido propôs, no final dos anos 80, um movimento em sentido contrário à velocidade latente. Foi fundado na Itália, levado para a França e depois para o resto da Europa, o movimento conhecido pelo nome de Slow Food, que significa literalmente “comida lenta”, em um evidente contraponto ao “fast food”.

Hoje, a Slow Food International Association (www.slowfood.com) espalha suas idéias pelo mundo. O movimento, que usa como símbolo um caracol, prega que as pessoas devem voltar a comer e beber devagar, dando-se tempo para saborear os alimentos, transformando a refeição em um momento de encontro e a paz. Acompanhar o preparo do alimento, interagir com a família, sem pressa e com satisfação, essa é a idéia.

O Slow Food está servindo de base para um movimento maior, inicialmente chamado Slow Europe. Sua idéia é questionar a pressa do mundo, a loucura na sociedade imposta pela globalização e pela velocidade da informação proporcionada pela Internet.

Aliança com o tempo

“Pense antes de fazer, planeje seu trabalho, organize-se, e só então faça”, dizia o engenheiro americano Frederick Taylor, no início do século 20, quando criou as bases da administração moderna.

Mas o que fazemos nós? Corremos diante da necessidade de fazer mais com menos, em lugar de planejar, aprimorar a técnica, e só então fazer, rápido, mas sem pressa, saboreando cada momento como único.

A versão européia da revista americana de negócios Business Week publicou uma pesquisa que mostra que os franceses trabalham menos horas, mas são mais produtivos que seus colegas americanos e ingleses. Essa atitude sem pressa não diminui a produtividade e ainda aumenta a qualidade. Evita o risco, a insatisfação e a necessidade de refazer o trabalho.

Um jeito sábio de ser

Ter uma atitude sem pressa significa colocar mais atenção no que se faz, dedicando tempo ao que o mundo moderno está relegando a um plano secundário: a família, os amigos, o lazer, o tempo livre para simplesmente viver. O resultado é um indivíduo menos estressado e neurótico, mais leve, mais feliz e, por isso mesmo, mais produtivo.

A velocidade é precisa, a pressa é bastante imprudente. Quando o poeta Fernando Pessoa disse “navegar é preciso, viver não é preciso”, ele se referia à precisão, ao planejamento, necessários à navegação e não ao verbo precisar, sinônimo de necessitar.

*Eugenio Mussak é educador e escritor
Acesse: www.sapiensapiens.com.br

Administre melhor seus e-mails e aumente sua produtividade

Hoje, todos os profissionais sofrem com o excesso de e-mails, que além de gerar certo estresse, também prejudicam a eficiência no trabalho. Veja dicas para se organizar e não enlouquecer.

Por Christian Barbosa

Um estudo da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, divulgou recentemente que o excesso de e-mails nas empresas está relacionado com o aumento de estresse dos trabalhadores, assim como com a perda de produtividade das companhias. Segundo a professora responsável pela pesquisa, Caroline Sauvahol-Rialland, o excesso de e-mails e de informação em geral acarreta riscos sociais e psíquicos para os empregados e empobrece a empresa.

Parece assustador, mas essa é uma realidade para muitas pessoas, principalmente para aquelas que utilizam o e-mail como uma ferramenta de trabalho. É claro que o aumento da velocidade dos meios de comunicação trouxe benefícios para a sociedade em geral, porém, algumas de suas consequências preocupam. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa da qual sou CEO, a Triad PS, o brasileiro gasta em média três horas diárias para ler, organizar, classificar e depois responder os e-mails.

O e-mail, sem dúvida, é uma das tecnologias recentes que mais dominou a vida das pessoas. O problema é que ele também virou um vício. Para muitos, ficar sem e-mail por algumas horas dá tremedeira no corpo, quase um processo de abstinência. Nas empresas, o e-mail se tornou o maior ladrão corporativo da produtividade (quase empatado com as reuniões).

O uso errado do e-mail é padrão: todo mundo copia todo mundo, mensagens desnecessárias, pessoas ansiosas que mandam e-mail e conseguem ligar antes do mesmo chegar, pessoas que usam e-mail para tirar a sua responsabilidade, caixas postais lotadas e muitos outros erros que o e-mail proporciona.

Nosso foco tem de ser na redução do tempo que lidamos com e-mail e para isso existem diversas estratégias. Separei algumas que considero mais importantes para você aplicar:

Veja o seu e-mail a cada duas horas. Se você ficar com seu e-mail aberto a todo o momento, você terá mais interrupções, além de aumentar seu nível de estresse, ansiedade e vai fazer você multitarefar. Esse é o pior hábito que o profissional pode ter para perder o controle do seu tempo. Se a coisa for urgente de verdade, as pessoas vão te ligar. Se as pessoas não podem esperar duas horas para obter uma resposta sua, o seu problema não é e-mail, pense nisso.

Escreva de forma objetiva. As pessoas que recebem minhas respostas já perceberam que eu não escrevo mais do que três ou quatro parágrafos. Se o assunto é longo eu ligo ou agendo pessoalmente, não perco tempo escrevendo. Ninguém mais tem tempo e paciência para ler e-mails muito longos, pode reparar que quanto mais longo seu recado, mais tempo ele demora a ser respondido.

Meta de ver o branco da caixa de entrada. Isso significa que sua “inbox” deve ter menos e-mails do que a capacidade de uma tela, para você poder ver o branco que fica quando você tem poucas mensagens. Para isso, nesses horários foque em transformar seus e-mails em tarefas, reuniões, informações (pastas) ou simplesmente em lixo. Nada de trabalhar por e-mail, trabalhe por tarefas priorizadas.

Troque o e-mail por outros meios. A tendência é o e-mail deixar de existir nos próximos anos e isso vai acontecer pelo uso de ferramentas como Messenger, ferramentas de colaboração com um Neotriad, softwares de escritório como o Word online, compartilhamento de documentos, etc. Sempre que possível, pense em como evitar mandar um e-mail através de outra forma de comunicação.

Se for urgente, não mande e-mails. É necessário que as pessoas adotem essa política de resolver as urgências pessoalmente ou então por telefone. Isso porque, além de facilitar a organização da caixa de entrada daquele que receberia a mensagem, faz com que o problema seja resolvido muito mais rapidamente com uma conversa direta.

O bom uso do e-mail consegue definir o profissional produtivo do improdutivo.  A capacidade de lidar com as interrupções é um exercício diário de assertividade e objetividade, isso é uma questão de sabedoria na gestão do seu tempo. Procure planejar bem suas atividades e evite mensagens desnecessárias que, muitas vezes, atrapalham sua vida e daqueles com quem você compartilha este vício.

Texto Original

Vantagens de ter seu próprio web site

Hoje em dia, estar presente na Internet, deixou de ser uma opção. Tornou-se uma necessidade, pois hoje o mundo todo está conectado 24 horas por dia. A Internet é reconhecida como um dos mais importantes e revolucionários desenvolvimento da história contemporânea.

A Internet é mais do que a mídia que mais cresce no mundo, ela está complementando outras mídias com sua enorme possibilidades de criar a interatividade com os consumidores. Além disso, impulsionada pelas redes sociais, a presença na grande rede permite comunicação mais rápida e eficaz.

Quem tem um site na internet permite a qualquer pessoa no mundo saber o que ela ou sua empresa oferece, como comercializa, e tudo o mais que deseje divulgar sobre seus produtos ou serviços. Seja qual for o tamanho de sua empresa ou o serviço prestado, a presença na internet possibilita mais visibilidade, contatos e retorno de seus clientes.

Pomodoro , um tomatinho insolente que pode ajudar no seu dia a dia

A técnica pomodoro foi desenvolvida pelo italiano Francesco Cirillo, que tinha problemas de manter o foco no processo de estudo. A essência do metódo é ter pequenos períodos de concentração, 25 minutos, com pausas de cinco minutos. Nesses períodos você deve manter o foco em apenas uma tarefa, deixando as distrações para depois.

No entanto, tempo focado cansa bem mais o cérebro, por isso a necessidade das pausas, para manter a mente afiada.

A técnica de base é a seguinte: 

  • Selecione uma tarefa que você deseja alcançar.
  • Definir o temporizador Pomodoro para 25 minutos.
  • Trabalhar na tarefa até que os anéis do temporizador.
  • Faça uma pausa de curta duração (5 minutos).
  • Trabalhar na tarefa, Pomodoro após Pomodoro, até que a tarefa é concluída depois cruzá-lo fora de sua lista de afazeres.
  • Após o quarto pomodoro é sugerido uma pausa maior de 15 a 20 minutos.

O Pomodoro pode melhorar o seu foco e concentração, e eliminar a ansiedade em torno do tempo. Outra vantagem é a necessidade reduzida de tecnologia, sendo necessário apenas um timer e uma folha de papel.

 

 

Administre melhor seu tempo na era digital

POR EDG.EACAMPOS | Epoca Negocios

mundo digital é mestre em oferecer distrações. Milhares de informações a nosso dispor ao alcance de um clique 24 horas por dia são tentadoras. Mas como evitar que este bombardeio não nos torne menos produtivos? Como fazer para usar a conectividade a nosso favor? Pedro Gomes, o representante brasileiro da Dale Carnegie, uma multinacional de treinamento e desenvolvimento de pessoas, tem algumas dicas para ajudar a melhorar a administração do seu tempo.

Não fuja
Sim, algumas reuniões de trabalho parecem ser feitas para ficarmos navegando na internet. É preciso, no entanto, resistir à tentação, já que você vai acabar gastando um tempo depois da reunião para ficar por dentro do que foi dito. Se possível, desligue seu celular quando estiver em uma reunião e deixe um aviso com um colega sobre onde você poderá ser encontrado em caso de urgência. Se realmente não puder desligar o aparelho, deixe-o no bolso, onde ele não ficará disponível para distrações

Planejamento diário
Se é verdade que as ferramentas digitais atrapalham sua concentração, elas também podem te ajudar a se manter dentro de sua programação. Faça uma lista com as atividades que precisam ser feitas no dia, respondendo a duas perguntas: 1) tem que ser hoje? 2) tem que ser eu? Para cumprir as tarefas, programe quanto tempo deve gastar em cada uma delas e adicione ao seu celular a programação, para que ele emita um sinal quando for hora de passar a outra função

Saiba dizer não
Deixe de lado o receio de ficar mal visto. Saber dizer não quando necessário é fundamental para você dar conta de suas tarefas. Sobrecargas de trabalho prejudicam o desempenho de qualquer funcionário. É comum profissionais acabarem ficando atolados de tarefas extras e deixando seu próprio trabalho para fazer depois do horário do expediente

Saiba usar o e-mail
Apesar de ser uma ferramenta fundamental de trabalho atualmente, o e-mail deve ser usado com parcimônia para não acabar se transformando num vilão da produtividade. Alguns funcionários se habituam a resolver tudo por e-mail, e se esquecem que, às vezes, uma ligação seria muito mais eficiente para resolver determinadas pendências. Quer uma regrinha para ajudar? Se a mensagem for criar um diálogo, prefira meios mais dinâmicos como telefone, Skype e MSN. O e-mail deve ser priorizado para mensagens específicas, rápidas e que não exigem respostas complexas

Não deixe nada para depois
Se você gostar de procrastinar, com certeza, a internet é uma de suas principais aliadas, principalmente as redes sociais, como Facebook e Twitter. Não é preciso cortar a prática pela raiz. A chave é reconhecer o motivo que te leva a surfar na web. Se é simplesmente para arejar a cabeça, encaixe isso na sua programação diária e determine um tempo limite para ficar navegando e se distraindo.

Proteja seu tempo particular
Funcionários que usam smartphones podem se sentir acorrentados digitalmente ao escritório. Em alguns casos, de fato, é necessário se manter acessível, mas é razoável que o celular seja desligado em alguns momentos, como na hora da janta. Decida em que momento é importante estar desplugado e proteja-o com todas as forças. Saber que você terá aquele tempo exclusivamente para você, vai te tornar uma pessoa mais tranquila e produtiva.

Chegue cedo
Acordar meia hora mais cedo e chegar um pouco antes no escritório pode diminuir o nível de estresse no restante de sua jornada. Durante esse período, é possível ler os e-mails pendentes sem distrações e limpar a caixa de entrada antes que a ofensiva matinal recomece.

E você, quais truques usa para ser mais produtivo mesmo com tantas distrações? Compartilhe suas dicas

As Tarefas mais importantes

Como enfrentar uma enxurrada de tarefas todos os dias ?

Melhor forma é simplificar suas atividades e conseguir identificar as tarefas mais importantes a serem feitas. Essa são as tarefas que realmente causam impacto positivo em seu dia e em sua vida. A Sugestão dos especialistas é que você escolha de uma a três tarefas realmente importantes e faça um esforço para resolve-las durante o seu dia, além das outras que normalmente pipocam a cada hora.

Para facilitar esse processo: A Primeira coisa que você deve fazer (mesmo antes de abrir seus e-mails ou facebook) é determinar suas Tarefas mais Importantes do dia.
Outra dica é tentar fazer essas tarefas logo no começo do dia, afinal a satisfação de ter concluído uma ou duas das tarefas mais importantes vai influenciar todo o seu dia.